Olá!

  Spiralis é espiral em latim. Espiral representa os ciclos presentes em nossa vida, todas as mudanças e transformações, aqui são todos os ciclos presentes na vida da mulher, um tornado de emoções e vivências que vem e avassala como a gestação em si. É algo aberto, sem necessariamente um fim, otimista, evoca evolução, movimento, emanação, desenvolvimento.

O equilíbrio dentro do desequilíbrio.

  Movimento de vida e transformação. O poder do movimento e do ganho de consciência, a transformação da mulher, o vivenciar de maneira consciente e presente cada etapa do seu processo de ascendência. 

Quem sou eu?

  Olá!! Eu sou a Suellen Amaral, psicóloga especializada em Saúde da Mulher, Arteterapeuta, Doula e Educadora Perinatal certificada GentleBirth®. Meu trabalho é ajudar mulheres que desejam uma gestação e parto mais presentes, conscientes, gentis, com protagonismo e autonomia, oferecendo rede de apoio, auxiliando-as em sua busca de informação e autoconhecimento e trabalhando com preparação mental para uma experiência de parto positivo.

  Esse texto foi um dos que me trouxe a sensação de confirmação de trabalhar com mulheres e lutar pela humanização do parto e nascimento.

  Entendo que estar nessa área é ser resistência, é lutar com as armas da ciência, é trazer conhecimento científico para todos, é atuar sempre embasada nas evidências mais recentes, é estudar, é amar, é se entregar.

  Muitas vezes o cansaço bate à porta, afinal, não é tão simples e muito menos bonito bater de frente e ouvir muitos "NÃO". Mas saber que cada passinho dado é um baita de um passo, ver a transformação de mulheres e famílias e saber que não estou sozinha na luta, reabastace a energia e recagarra a potência.

  Então, por isso deixo esse texto aqui, para me lembrar e quem sabe lembrar você de que estamos juntas nessa!

  Me recordo das minhas muitas dúvidas e interesse pelo universo feminino na adolescência, também me recordo de como o mundo se expandia conforme mais acesso às informações eu tinha. Me recordo do incômodo e da raiva que senti ao identificar que o mundo não era igual entre as mulheres e os homens, de todas as violências que sofremos e de não querer isso para mim. Me recordo de quando percebi que as mulheres não deveriam ser inimigas e do quão absurda e sutil é essa rivalidade instalada e do esforço que faço até hoje para não cair nela. Me recordo de caras e bocas que vi ao expressar minha opinião que saia do senso comum, dos palpites de siga isso ou aquilo só para ficar na "normalidade". Me recordo de ser rotulada de defensora dos fracos e oprimidos, ovelha negra e amiga da loucura como algo negativo. (Eu adoro!)

  Também me recordo dos primeiros contatos com cenas de parto e do estranhamento inicial que aquilo me causou, de ouvir a vocalização das mulheres e ficar constrangida, de ter vários julgamentos bestas dentro da cabeça. Acho que esse foi um dos motivos de querer trabalhar nessa área, de possibilitar que outras pessoas tenham contato com esse estranhamento, mas que se coloquem no papel de questionar e dar espaço para novos pensamentos, de ressignificar e mudar tudo o que achava que conhecia, de poder sair do senso comum, de se aventurar no autoconhecimento e funcionamento do corpo, de se apaixonar por tudo isso, identificar o grande potencial nesse processo e de mudar o mundo como Odent já nos fala há um tempo. 

E preciso dizer que sou muito grata à todas as mulheres que já passaram em minha vida e me ensinaram muito! Todas as mulheres e famílias que tive o privilégio de acompanhar! Nós caminhamos juntas, muito obrigada!